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"Sem pilhagem não há pagamento!" e "A cada um de acordo com a recompensa, de cada um de acordo com o seu capricho!" — esses poderiam ser os lemas de Port Watson. Até mesmo a República de Sonsorol não possui moeda própria (embora venda adoráveis selos postais). Para pequenas transações, como pagar uma refeição ou jornal, qualquer moeda serve em teoria, ainda que na prática a libra neozelandesa ou o dólar norte americano sejam preferidos. Transações maiores geralmente são executadas por computador, uma vez que todos os Acionistas têm uma "conta" que pode ser usada. Os visitantes podem achar conveniente depositar parte de seus fundos no Banco, em uma conta "fixa "ou "móvel". A primeira é simplesmente um cofre eletrônico. Uma conta "móvel" constitui um investimento real no Banco. Em fevereiro de 1985, tais contas pagavam 7,5% de juros, e em março 12%. Viajantes moderados podem na verdade sair de Sonsorol mais ricos do que quando chegaram!

Os moradores da ilha elaboraram um escambo bem organizado entre eles. Uma organização de artesanato que produz batique [1], por exemplo, irá transferir a sua mercadoria para a Cooperativa de Port Watson (chamada "As 5 & 10" por brincalhões locais) em troca de um determinado crédito, medido em uma quantidade quanta abstrata. Os membros da organização podem então usar o seu crédito em relação a qualquer produto da Cooperativa. Tanto a Cooperativa quanto diversos mercadores chineses independentes atuam como agentes de importação e exportação, preenchendo pedidos de mercadorias estrangeiras e artigos de luxo em troca de crédito do Banco ou da Cooperativa. Não há controle de preços e o valor dos produtos locais é determinado por computador, mas importações e mercadorias vendidas fora do sistema da Cooperativa estão sujeitos a intensa negociação, característico das compras em bazares orientais. Visitantes ingênuos foram algumas vezes enganados por watsonianos espertos. Caveat emptor[2].

Muitos grupos dentro do enclave do porto são ávidos para estabelecer trocas e comunicações com canais alternativos em outros lugares do mundo. Sempre que possível, Sonsorol procura evitar o comércio oficial internacional com todas as suas tarifas, impostos e regulamentações, e, em vez disso, contar com os contatos com comunidades, cooperativas, bolos, grupos e indivíduos artesãos não-comerciais e não-governamentais ao redor do mundo — especialmente aqueles que compartilham a perspectiva libertária-anarquista. Visitantes em Sonsorol são particularmente bem vindos quando oferecem algum contato com o "mundo externo", tais como "potlatch" [3] (troca de presentes), escambo, contato cultural, troca de hospitalidade, etc.

Os Acionistas são livres para fazerem o que quer que queiram com os seus dividendos, e para entregarem-se qualquer tipo de negócio que os agrade e que não envolva nenhuma coerção, escravidão de salário ou ganância voraz. No entanto, fora da comunidade da ilha (e da rede crescente de contatos "alternativos" mundiais) essas restrições desaparecem. Como os seus predecessores piratas, os Sonsoroleanos estão "em guerra com o mundo todo" no que diz respeito a aproveitar algumas vantagens comerciais e fiscais. Por causa disso, muitos watsonianos enriqueceram consideravelmente — especialmente os Banqueiros e os comerciantes chineses. Qualquer exibição de riqueza excessiva é considerada de mau gosto, até mesmo "opressiva" — o espicurismo gastronômico e a indulgência estética têm aprovação social, mas diz-se que o "watsoniano típico" é um milionário que vive como um vagabundo de praia, um ermitão taoísta ou um artista, e faz grandes doações a várias causas beneficentes e revolucionárias radicais pelo mundo afora. Os moradores da ilha gostam de citar o dito espirituoso de Emma Goldman sobre a "revolução champanhe" e o comentário de Nietzsche sobre o "aristocracismo radical". O dinheiro, no final das contas, significa muito pouco aqui (exceto como um jogo). A verdadeira balança de valores é baseada no prazer, na auto-realização e na intensificação da vida.

Referências

  1. Método indonésio de estamparia de tecidos em que a cera é aplicada no tecido para evitar que algumas partes sejam tingidas, popular no Ocidente nos anos 60 e 70.
  2. Caveat emptor - Cuidado, comprador.
  3. Potlatch - Troca de presentes, costume típico dos índios nativos da costa oeste norte-americana


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