- Sobre este livro
O que este livro diz a você não é prosa. Pode ser pendurado no quadro de avisos, mas ainda está vivo e retorcendo-se. Não pretende seduzi-lo, a não ser que você seja de extrema juventude e beleza (anexe uma foto recente). Numa estrada em algum lugar a leste de Baltimore, você passa por um trailer Airs-tream, e enxerga uma grande placa plantada na grama: ESOTERISMO, com a imagem de uma rude mão negra sobre um fundo vermelho. Lá dentro, você encontra livros sobre sonhos e numerologia, panfletos sobre vodu e macumba, revistas de nudismo velhas e empoeiradas, um pilha de Boy’s Life, tratados sobre briga de espadas... e este livro, Caos. Como palavras ditas num sonho, portentosas, evanescentes, transformando-se em perfumes, pássaros, cores, música esquecida.
Este livro se mantém a distância por uma certa impassibilidade em sua superfície, quase que visível através de um vidro. Ele não abana o rabo e não grunhe, mas morde e estraga a mobília. Ele não tem um número ISBN e não o quer como discípulo, mas pode seqüestrar seus filhos.
Este livro é nervoso como o café ou a malária – ele cria, entre si e seus leitores, uma rede de desertores e outsiders – mas é tão cara-de-pau e literal que praticamente se codifica – fuma a si próprio em estupor.
Uma máscara, uma automitologia, um mapa sem nome de lugar algum – hirto como uma pintura egípcia que, no entanto, logra acariciar o rosto de alguém e, de repente, encontra-se na rua, num corpo, envolvido em luz, andando, acordado, quase satisfe
Capítulos[editar | editar código-fonte]
- Caos
- Terrorismo Poético
- Amor Louco
- Crianças Selvagens
- Paganismo
- Arte-Sabotagem
- Os Assassinos
- Pirotecnia
- Mitos do Caos
- Pornografia
- Crime
- Feitiçaria